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Showing posts from August, 2020

Poesia

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Poesia é ventania: Bate de repente Sacode, surpreende N ã o se anuncia...   E logo se desmancha em brisa leve (T ã o leve que n ã o se escreve)

Motivo: o cálculo

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Será poss í vel interagirmos natural e espontaneamente com o universo?  Em verdade, temos medo da realidade que, de forma  ú nica, percebemos. Não a compreendemos. De repente, um estalo, um estremecimento absurdo, uma mistura única nos toma por inteiro. Algo de dentro e algo de fora se combinam e derretemos; fundimo-nos em inexorável alquimia: forma-se uma pedra bruta, sem lapidação.  Para a maioria, a pedra permanece no mesmo lugar, indigesta, indissolúvel, exigente — crisálida que não conhecerá metamorfose.  Para alguns, essa pedra é tão impossivelmente dolorosa e indigerível que buscam, na agonia do escrever, a sua expressão. Se, afinal, esses poucos sofredores deliciar-se-ão ante os parcos signos e símbolos impressos que houverem produzido, pouco lhes importa: ao menos sentirão o alívio de terem expelido o cálculo!